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28/04/2022 às 09h38min - Atualizada em 28/04/2022 às 09h38min

Engenheira morre durante cirurgia plástica em MG e mãe busca explicações

Uma engenheira civil de 29 anos morreu, em Belo Horizonte, depois de se submeter a uma cirurgia plástica para implantar próteses de silicone nos seios e passar por uma lipoaspiração na cintura. A família de Júlia Moraes Ferro diz que não foi procurada pela direção da instituição médica onde foi realizada a intervenção, na zona sul da capital mineira, e entrou na justiça. O caso foi registrado na delegacia de homicídios de Belo Horizonte.

Segundo a mãe da engenheira, a vigilante Patrícia Moraes, Júlia trabalhava em uma empreiteira da mineradora Vale e morava na cidade de Santa Bárbara. O sonho da filha era implantar silicone nos seios. "No dia da cirurgia, eu perguntei se ela estava bem, se estava nervosa. Ela me pediu forças, eu dei força".
 

Júlia foi submetida à intervenção no dia 8 de abril, em Belo Horizonte, sendo acompanhada de uma prima médica, de uma tia e do namorado. Durante o procedimento, Júlia teria sofrido uma parada cardiorrespiratória.

Segundo Patrícia, a filha precisou ser internada em um hospital por quatro dias, onde os exames não identificaram o motivo da piora do quadro clínico dela após a cirurgia. Intubada, ela precisou novamente ser transferida para outro hospital da capital. "Quando eu soube, caiu meu chão", diz a mãe, que afirma que ela não tinha comorbidades e era saudável, mas que, até agora, não há informação sobre o que levou a paciente a ter a parada.
 

Após mais onze dias internada, Júlia foi diagnosticada com morte encefálica, no dia 23 de abril. Ela foi enterrada na segunda-feira (25).

"Ela estava com o corpo lindo, mas essas meninas cismam (de fazer plástica)".
 

Para os familiares, o importante agora é descobrir o que aconteceu. "A clínica nunca me procurou, e eu quero esclarecimentos sobre o que levou ao óbito dela", resume.

O UOL fez contato com o médico que seria o responsável pelo procedimento, mas ao explicar o motivo da conversa, o profissional parou de responder. Na unidade de saúde indicada pelo profissional nas redes sociais, a resposta é que não havia autorização para contatar alguém da direção para comentar o caso.
 

Luto

Júlia estudou na Universidade Estadual de Minas Gerais em João Monlevade, a 114 km de Belo Horizonte, e a morte dela causou comoção entre alunos e professores. A UEMG divulgou uma nota de pesar em suas redes sociais.

"Júlia era muito educada, meiga, de uma beleza física como também interna muito grande. A gente sabia que ela estava trabalhando, buscando sua colocação profissional na área de formação dela", diz a professora universitária Fabrícia Jesus.

Em nota, a instituição de ensino expressou pesar pela morte da engenheira. "Nesse momento de dor, toda a comunidade acadêmica presta sinceras condolências aos amigos e familiares por essa inestimável perda".























tnh1.com


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